
Zanol, nos dois últimos anos, ficou na segunda colocação no Rally dos Sertões (crédito: IC Fotos Rinaldi)
O piloto mineiro Felipe Zanol recebeu uma ótima notícia dias depois de conquistar a edição deste ano do Campeonato Brasileiro de Cross-Country. Zanol irá participar, pela primeira vez, do Rally Dakar, considerado o mais difícil do mundo. Ao todo, são 15 dias de prova e nove mil quilômetros a serem percorridos. “As duas vezes em que cheguei em segundo no Rally dos Sertões, certamente, pesaram muito para que meu pedido fosse aprovado. O apoio de alguns patrocinadores também contou bastante para que eu pudesse fazer a inscrição, que custa 15 mil euros”, comentou o piloto.
Apesar de já ter garantido o título do campeonato nacional, Zanol encara a próxima e última etapa, que acontece no dia 27 na cidade paulista de Jarinu, como um treino de luxo. “Riscos sempre existem, em competições ou treinos. Mas não posso deixar de competir, até porque a ideia é chegar inteiro fisica, tecnica e psicologicamente”, analisou. O piloto poderia ter aberto mão de participar da competição e já começar a focar na sua participação de estreia no Dakar. Valorizar a modalidade também foi apontado por Zanol como um fator relevante para ir a Jarinu. Zanol é, hoje, referência do motocross nacional, e sua presença serve como motivação para muitos, além de engrandecer o campeonato conquistado por ele. Depois da última prova, Zanol começa a se planejar para o Dakar, que acontece entre os dias 1º e 15 de janeiro, e passará por Argentina, Chile e Peru.
Realista, o piloto tem como principal objetivo finalizar a prova. “Tenho que ter convicção das dificuldades. Uma das etapas tem 800km e várias dificuldades serão encontradas. É uma prova bem diferente do Sertões e preciso me ambientar com o sistema de navegação para começar a buscar os resultados nos próximos anos”, declarou.
Minas Gerais, celeiro de grandes pilotos e local de trilhas perfeitas para o motocross, tem seu representante confirmado no Dakar. Que ele retorne inteiro e com boa carga de experiência para continuar levando o nome de Minas em voos (ou estradas) cada vez mais altos.