Coitada da bola da Copa. Nos últimos dias, tem recebido críticas ferrenhas de jogadores. E não só dos da seleção brasileira.
Logo ela, que tem um significado tão positivo. Jabulani quer dizer celebração, ser feliz. Como querer algo mais feliz, em uma Copa, do que o gol?
São 440 gramas e oito gomos em 3D. O texto de divulgação do novo produto cita ‘curvatura perfeita’. Perfeita não sei para quem.
Nem para os atacantes ela parece satisfatória. Luís Fabiano e Júlio Baptista criticaram bastante. Afirmaram que a bola realiza uma trajetória diferente, do nada, no meio do caminho. Fabuloso chegou a usar o termo ‘sobrenatural’.
Para os goleiros, é o caos. Júlio César resumiu em ‘horrorosa, horrível e péssima’. Comparou com aquelas doces de leite, de supermercado, onde você chuta e nunca sabe para onde ela vai.
O detalhe é que todos os que criticaram não são patrocinados pela empresa produtora.
De tanto receber reclamações, ela respondeu à altura. No primeiro treino da seleção na África, nada de gols. O jogadores custaram para acertar faltas, cruzamentos e chutes. Talvez fosse melhor tere ficado calados.
Na África do Sul, a bola sai, atualmente, por R$ 250. Difícil encontrar alguém disposto a pagar esse preço apenas para ter ‘a bola da Copa’. Quem for usá-la, provavelmente vai sofrer para se adaptar. Melhor pagar menos e usar aquela velha bola de couro, que desce redonda, quando matada no peito e que obedece melhor aos comandos de quem conhece.
Vejamos na Copa o que vai acontecer. Sua trajetória incomum promete deixar muita gente na mão. Muito mais que os já sofridos goleiros. Atacantes e laterais que se cuidem.